Por José de Alencar
Romance indianista. Iracema é uma índia tabajara que, ao ver
Martim, um branco de "cabelos cor de sol", atira-lhe uma
flecha. Mas logo a seguir quebra a flecha e salva-o, levando para a
taba de seu pai, onde e é recebido e mostra conhecer bem os índios.
Iracema e Martim se apaixonam, apesar deste ter uma noiva lhe
esperando.
Apesar dos pretendentes e de Caubi, seu irmão, Iracema e
Martim fogem com a ajuda de Poti, um índio potiguara, amigo de
Martim e inimigo dos tabajaras. (Poti é um personagem histórico:
viria a se tornar Felipe Camarão, um dos combatentes que expulsaram
os holandeses do Brasil.) Eles se estabelecem perto do mar e vivem
felizes no começo. Um dia Iracema engravida e logo depois Martim vai
à guerra e volta.
Meses mais tarde, deprimido e com saudades da
terra, entristece involuntariamente Iracema. Ele e Poti lutam mais
uma guerra enquanto Iracema dá a luz e é visitada por seu irmão,
Caubi, que a perdoa. Quando Martim e Poti voltam, Iracema morre e
Moacir, seu filho, fica aos cuidados de Martim. O romance é uma
tentativa de criar uma lenda para a origem do Ceará, já que Moacir,
filho de Iracema e Martim, é o primeiro habitante do Ceará. A
descrição da terra é minuciosamente ufanista e as qualidades e
linguagem indígenas lembram as de cavaleiros medievais.
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